Cultura política e cidadania em América Latina

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Luis Ochoa Bilbao
Benemérita Universidad Autónoma de Puebla

A cultura política na América Latina é um tema relevante porque a onda democrática, as mudanças econômicas e os movimentos sociais das últimas décadas têm levado desde o otimismo entusiasta dos começos ao ceticismo e à inquietude atual. Por outro lado, as saídas que as nações latino-americanas têm buscado aos velhos e novos desafios são tão variadas como as intenções teóricas e empíricas para explica-os. A única certeza é de que aproximar-se da cultura política latino-americana oferece um nutrido universo de possibilidades.

Este dossiê busca revisar a cultura política latino-americana propondo algumas perguntas: Pode-se falar de “uma” cultura política latino-americana ou de “varias” culturas políticas, inclusive  dentro de um mesmo país? É possível fazer exercícios objetivos de comparação, ou a diversidade de modelos e práticas políticas na região obriga-nos a uma maior cautela ao praticar a política comparada? Existem fenômenos culturais persistentes ao longo do tempo que sigam plasmados nos modos e temperamentos das instituições, ou os movimentos sociais, as reivindicações étnicas e as redes sociais, constituídos todos como novos atores, podem transformar culturas políticas que pareceram imutáveis?

Estas perguntas poderiam delinear ensaios sobre as práticas políticas cotidianas, os desafios institucionais e os modelos democráticos, assim como sobre a configuração e reconfiguração de imaginários coletivos que vão desde o local e o regional até a re-conceptualização do nacional. Neste contexto, poder-se-ia conjeturar a emergência de novas formas de cidadania? Se o modelo de cidadania neoliberal parece subsumir, em graus variáveis e modos diversos, o sempre falhado modelo liberal e até os ruidosos modelos populistas, os novos agentes e seus modos de fazer política não estariam propondo modelos alternativos de cidadania? Tudo isto, certamente, está ligado aos desafios da representatividade política e as dificuldades de legitimidade dos governos, assim como à crise de confiança que experimentam os partidos políticos e os profundos problemas de inequidade, injustiça e impunidade que, em diferentes grãos, presenta a região.

Recebem-se propostas com um máximo de 400 palavras até o 28 de fevereiro de 2016.

Os ensaios devem escrever-se em um máximo de 8.000 palavras, em português, inglês e/o espanhol. Devem incluir um resumo de 250-300 palavras e uma breve biografia do autor o autores. As normas do estilo podem ser trovada aqui: http://alternativas.osu.edu/en/guidelines.html

Os ensaios serão recebidos até o 30 de junho de 2016.

A propostas e os ensaios devem ser enviado a Luis Ochoa Bilbao aos seguintes e-mails com o assunto Proposta Alternativas e Ensaio Alternativas: luis.ochoa@correo.buap.mx o ochoabuap@gmail.com